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Palestra sobre Constelações Familiares encerrou as atividades acadêmicas da Semana Nacional da Defensoria Pública

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Publicado em 21, maio de 2018 às 11:21
Dra. Cléia Fernandes falou sobre Constelações Familiares para os Defensores Públicos

Dra. Cléia Fernandes falou sobre Constelações Familiares para os Defensores Públicos

O encerramento das atividades acadêmicas da Semana Nacional da Defensoria Pública se deu, na última sexta-feira (18), no auditório da Escola Superior da Defensoria (Esdepi), com a palestra “Constelações Familiares: uma nova perspectiva na solução de conflitos”, ministrada pela Promotora de Justiça do Piauí, Dra. Cléia Cristina Pereira Januário Fernandes, que é  Secretária Geral do Ministério Público do Estado do Piauí e Titular da 40ª Promotoria de Justiça de Teresina, com atuação na área de Família.

Constelações Familiares representam um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica não empirista, ou subjetiva, desenvolvido pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, a partir de observações empíricas, como missionário católico na África do Sul, estudando, a partir de então, a psicanálise e diversas formas de psicoterapia familiar, assim como os padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.

“As Constelações Familiares representam uma mudança na forma de tratar os conflitos. Estão inseridas dentro das medidas de solução alternativa de conflitos, como uma busca de reconciliação. O diferencial é que permitem a reconstrução daqueles vínculos que ocasionaram o conflito. Poderia dizer mais, vai permitir uma cura naquelas relações”, explicou Dra. Cléia Fernandes.

Segundo a Promotora, as estatísticas são positivas em relação ao método. “As Constelações, no âmbito do Poder Judiciário, estão presentes hoje em dezesseis estados brasileiros e também no Distrito Federal. As estatísticas são extremamente positivas, porque quando aplicada a terapia da Constelação as partes não voltam a reincidir. Chegamos a noventa e quatro por cento sem reincidência”, destacou.

“Com a aplicabilidade da terapia das Constelações Familiares tanto pela a Defensoria, como pelo Ministério Público e Poder Judiciário, os operadores do Direito vão ter um mecanismo célere de solução de conflitos ao invés de passarem anos com um processo. Você pode fazer uma sessão antes da de conciliação, o que leva as partes a olharem para aquele conflito e chegarem na conciliação com outro ânimo. É claro que toda mudança exige um período de adaptação cultural na forma de agir e pensar e, no âmbito  do Direito, o Ordenamento Jurídico  Brasileiro de uma forma geral, é mais preparado para  e litigiosidade do que para a solução rápida de conflitos, então há uma curiosidade grande hoje da metodologia. Posso dizer que têm muitos céticos, mas aqueles que conhecem a Constelação ficam apaixonados, como eu”, finalizou Cléia Fernandes.

Dra. Andrea Melo de Carvalho, Diretora da Esdepi, diz que a palestra sobre Constelações Familiares “foi muito importante para trazer práticas novas,  que já vêm sendo aplicadas no Judiciário de outros Estados do Brasil, para deixar nossos Defensores atualizados com essas novas opções na solução dos conflitos”.

A Defensora também analisou o aproveitamento da programação acadêmica oferecida pela Esdepi salientando que “apesar de muito trabalhosa por ter um público alvo tão seleto e diversificado e, por isso, ser muito difícil escolher as temáticas e os palestrantes, foi bem avaliada pelos colegas que puderam comparecer. Saliento que esse é o objetivo da Esdepi: atender aos anseios dos Defensores na busca por aperfeiçoamento e atualização teóricos  a fim de aplicar na prática diária”, afirmou Dra. Andrea Melo.

“A Escola Superior da Defensoria Pública contribuiu mais uma vez, significativamente, para o êxito da Semana Nacional, ao oferecer um calendário acadêmico  apropriado para a prática da atividade defensorial.  Cada um que esteve presente às palestras, com toda a certeza conseguiu um ganho significativo para o desenvolvimento de suas ações no dia a dia. Só temos a agradecer à Direção da Escola, na pessoa da Dra. Andrea Melo, por essa valorosa contribuição”, afirma a Defensora Pública Geral,. Dra. Francisca Hildeth Leal Evangelista Nunes.