O Defensor Público Igo Castelo Branco de Sampaio, titular do Núcleo de Direitos Humanos e Tutelas Coletivas da Defensoria Pública do Estado do Piauí, participou na última sexta-feira (23), do do I Seminário de Migração e Wash – Integrando Fronteiras e da Capacitação da Cartilha de Saúde para Multiplicadores realizado pela Cáritas Brasileira, dentro do Projeto Orinoco. O encontro foi realizado no Centro Pastoral Paulo VI.
Na oportunidade, foi tratado sobre os avanços do projeto Orinoco, suas ações e desafios junto à situação das comunidades indígenas Warao, população em situação de rua e outras comunidades em situação de vulnerabilidade. O Projeto é desenvolvido desde 2019, promovendo a migrantes e refugiados venezuelanos, em situação de rua, acesso à água, saneamento e higiene.
Segundo o Defensor Igo de Sampaio o momento foi positivo. “Foi uma importante troca de experiências, em que a Defensoria pôde se fazer presente explicando o seu papel, a função de monitoramento, de cobrança e de garantia de direitos na promoção dos direitos humanos, e também a questão de trocar experiências não só com os técnicos da Cáritas presentes, mas também com o público-alvo, que são as comunidades vulneráveis especialmente os venezuelanos Warao, assim como pessoas em situação de rua, de ocupações, catadores de resíduos sólidos e outros. Foi uma rica experiência de trocas, que nos permitiu também pensar em futuras parcerias”, disse.
“Ressalto a importância do projeto, de envergadura e patrocínio internacional, com foco na consolidação da cidadania da comunidade venezuelana, mas aqui estendida para outros segmentos vulneráveis, a partir do mote dos atos higiênicos do combate à pandemia, o que acabou sendo muito importante na consolidação da cidadania, no acolhimento do diálogo realizado junto ao povo Warao, com foco principalmente na questão do empoderamento, na questão de dialogar, para que eles tenham consciência e sensibilidade enquanto sujeitos de direito, e que o fato de serem estrangeiros, serem imigrantes, refugiados, não os impedem de exigir seus direitos, a obrigatoriedade de um acolhimento. Foi um momento importante a partir desse projeto, ser possível dialogar e o Núcleo de Direitos Humanos está acompanhando, recebendo reclamações, possibilitando esse contato, inclusive promovendo um melhor monitoramento e acompanhamento das políticas públicas geridas pelo Município, pelo Estado, em relação ao público Warao”, finalizou Igo de Sampaio.