O Defensor Público Afonso Lima da Cruz Júnior esteve reunido na manhã desta sexta-feira (07) com os socioeducadores que trabalham no Centro Educacional Masculino (CEM), o objetivo do encontro foi estreitar o relacionamento da Defensoria com os agentes, no sentido de repassar orientações sobre a adequação de condutas no trato com os menores internos, visando sempre a segurança de todos os envolvidos no processo. Afonso Júnior é titular da 4ª Defensoria Pública da Infância e Juventude e também atua, em substituição, na 3ª Defensoria Pública da Infância e Juventude.
Segundo o Defensor a reunião foi produtiva, os socioeducadores expressaram as dificuldades que enfrentam e o que consideram necessário para saná-las. “O objetivo do nosso encontro foi ouvir os socioeducadores, visando buscar melhorias para todo o Sistema Socioeducativo. Explicamos o que a Defensoria imagina em relação aos procedimentos a serem adotados, especialmente nos momentos de risco, situações de motim. Repassamos também alguns pontos do Estatuto da Criança e do Adolescente, destacando que a Defensoria Pública, por mais que esteja na defesa do adolescente, sempre prima pelo que é correto, pela vida humana, principalmente no que tange às condições de trabalho no local onde exercem suas atividades”, explica Afonso Júnior.
O Defensor destacou ainda que parabenizou aos socioeducadores considerando que em vários momentos, anteriores à última rebelião, a atuação deles foi fundamental para evitar motins de grandes proporções, também considerou a importância da valorização profissional. “Os socioeducadores precisam ter sua carreira valorizada, reconhecida, com promoções, melhores salários e condições de trabalho, se eles tiverem essa valorização com certeza irão se dedicar cada vez mais e desempenhar grande papel visando evitar situações conflituosas e que infelizmente ainda vivenciamos na nossa Federação, como torturas. Creio que dentro do nosso papel, a Defensoria pode contribuir na busca por essas melhorias, com apoio das equipes, buscando também o apoio dos entes estatais, do Poder Judiciário, do Ministério Público e, dessa forma, contribuindo para evitar que novas rebeliões aconteçam dentro do Sistema”, destaca Afonso Júnior.
O Defensor Público reafirma que o saldo do encontro foi positivo. “Conseguimos mostrar que às vezes com um olhar, a forma de falar ou de conduzir um adolescente pode refletir no agravamento ou não de uma situação. Passamos para eles a necessidade de fazerem um atendimento com tranquilidade, garantindo sempre a dignidade da pessoa humana, sem o emprego de qualquer forma de violência de ordem moral ou física”, finaliza Afonso Júnior.