A Defensora Pública Karla Araújo de Andrade Leite, Coordenadora do Projeto Vozes dos Quilombos e Diretora das Defensorias Regionais da DPE-PI, participou como palestrante, no último dia 17, do 1º Seminário Multidisciplinar: A Defensoria Pública e a Questão Racial – Subsídios para Construção de Políticas de Enfrentamento ao Racismo, realizado pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), por meio da sua Ouvidora-Geral Externa.
O evento, realizado até o dia 18, buscou trazer reflexões mais profundas acerca de políticas públicas para a promoção da igualdade racial. O objetivo foi conscientizar Defensores, servidores, estagiários e colaboradores sobre a importância de ações antirracistas, impulsionando a implementação de atuações institucionais ao enfrentamento do racismo.
Durante a abertura, o Defensor Público Geral do Distrito Federal, Celestino Chupel, destacou que o Seminário foi de suma importância para trazer igualdade e cidadania para os que sofrem com o racismo estrutural. “A Defensoria tem, por natureza, que defender as pessoas mais vulneráveis que, normalmente, são os negros e pardos. Devemos ter uma posição ativa para combater o racismo e levar políticas públicas que deixem as pessoas em situação de vulnerabilidade em igualdade”, disse.
Durante o Seminário foram abordados, entre outros, temas como Defensoria antirracista, racismo estrutural e institucional, interseccionalidade de gênero e raça, racismo religioso, mulher no judiciário e sistema de Justiça criminal e racismo no Brasil.
A Defensora Pública Karla Andrade abordou em sua fala o tema Racismo Institucional e destacou a necessidade desses espaços de discussão. “O Seminário da Defensoria na Luta Antirracista, organizado pela Ouvidoria Externa da Defensoria do Distrito Federal, foi extremamente importante, tanto no alcance de público, quanto no conteúdo. Foi uma honra levar a fala da Defensoria do Piauí para esse evento, que contou com participações de profissionais extremamente engajados e conhecedores da luta antirracista. Estamos em 2022, não podemos mais admitir que os espaços institucionais não reconheçam a fundamental contribuição de todas as raças para a nossa história. Aliás, se estamos aqui hoje, é porque os povos originários e o povo negro resistiram e lutaram bravamente por autonomia e independência, apesar dos vários obstáculos. A Defensoria Pública deve ser antirracista não só no discurso, mas nas ações. Foi muitíssimo importante a realização do evento. A Defensoria do Distrito Federal está de parabéns”, afirmou.
Com dados da DPE-DF