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Defensoria busca valorização de jovens vítimas de violência sexual

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Publicado em 23, maio de 2017 às 11:59
Equipe da Defensoria Pública e irmãs da Casa Savina Petrilli

Equipe da Defensoria Pública e irmãs da Casa Savina Petrilli

As Defensoras Públicas Dra. Karla Cibele Teles de Mesquita Andrade, Titular da 2ª Defensoria Pública da Infância e da Juventude  e Dra. Daniela Neves Bona, Titular da 1ª Defensoria Pública da Infância e da Juventude realizaram uma roda de diálogo com as adolescentes internas da Casa Savina Petrilli no  último dia 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento e Combate a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A ação foi pontual, mas faz parte da rotina de atendimento realizada pela Defensoria Pública por meio do Núcleo da Infância e Adolescência.

O objetivo da ação foi valorizar as internas, todas com histórico de ter sofrido violência sexual, a partir do diálogo e de ações voltadas para engrandecê-las como pessoas. Além da roda de diálogo, as adolescentes assistiram junto com as Defensoras e equipe do Núcleo Especializado da Infância e Juventude a filmes que trouxeram a temática da superação. Elas também participaram de uma sessão de fotos individual, que teve a finalidade de aumentar a autoestima de todas.

“Vemos como extremamente positiva essa ação da Defensoria porque vem valorizar essas meninas que chegam aqui muito fragilizadas, trazendo consigo a ideia de que a vítima é a culpada pela violência que sofreu e a Defensoria traz essa nova visão, que contribui para o empoderamento delas. Então é realmente muito importante”, afirma a Irmã Raimunda Lopes, Diretora da Casa que administra juntamente com mais quatro freiras, todas pertencentes a Ordem das Irmãs Pobres de Santa Catarina.

A Defensora Pública Dra. Karla Cibele Teles de Mesquita Andrade avalia os resultados da ação e fala sobre as atividades desempenhadas pelo Núcleo nessa área de atuação. “Com o objetivo de mobilizar a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, sabemos que o dia 18 de maio foi estabelecido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A Defensoria Pública, frente aos novos paradigmas das suas funções, no desempenho de seu papel de agente transformador social, mormente após as transformações legislativas e constitucionais pelas quais passou no decorrer da consolidação de seu papel institucional e social, teve sua atuação expandida, dando início a um novo paradigma no conceito de hipossuficiência que legitima a presença da Defensoria em várias outras causas de cunho social. Neste sentido, dando relevo social a atuação de seus profissionais, compreendendo que suas atividades devem ir muito além do exercício do papel de auxílio aos necessitados no âmbito do processo civil e penal, a Defensoria Pública do Estado do Piauí, nesta perspectiva, desenvolveu no dia 18 de maio esta ação em que as mulheres que trabalham no NUCIDECA passaram a manhã na companhia das meninas acolhidas na instituição Savina Petrilli, Casa que se tornou em Teresina referencial no serviço de acolhimento as meninas vítimas de abuso sexual. Promovemos uma roda de conversas e dinâmicas visando estimular a autoestima, a valorização da vida, a aceitação, a resiliência e empoderamento das jovens acolhidas que também receberam as doações feitas pelos Defensores Públicos, servidores, colaboradores e estagiários de roupas, brinquedos, calçados e livros, tiveram a oportunidade de conversar conosco em um momento de um descontraído lanche e ainda passaram por sessão de fotos que foi muito divertida.”

A Casa Savina Petrilli possui capacidade para atendimento de 32 crianças e adolescentes. Trata-se de um serviço de acolhimento institucional para crianças e adolescentes do sexo feminino, sob medida de proteção e em situação de risco pessoal e social, cujos grupos familiares encontrem-se impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção por situações de abandono, negligência, violência ou exploração. A Casa possui como finalidade a proteção integral, respeitando a condição de sujeito de direito das meninas, desenvolvendo estratégias de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, o resgate da autoestima e o desenvolvimento da autonomia.