A Defensora Pública, Dra. Sara Maria Araújo Melo, Titular da 1ª Defensoria do Idoso, representou a Defensoria Pública do Estado do Piauí na audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira, 10, no Ministério Público do Estado do Piauí, pelo Núcleo da Pessoa com Deficiência. Na pauta, Políticas Públicas de saúde mental voltada às pessoas idosas. Representantes de órgãos de defesa dos direitos da pessoa idosa, do poder municipal e estadual, assim como entidades ligadas ao tema, foram convocados para a audiência.
A audiência foi motivada pela Promotora Dra. Marlúcia Gomes Evaristo Almeida, Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Pessoa com Deficiência e do Idoso do MP-PI. Ela questionou dos órgãos e entidades, quais as políticas de promoção da saúde e defesa de direitos da pessoa idosa.
Na ocasião, Dra. Sara Melo compôs a mesa e elogiou a iniciativa de discutir um tema atual, que é a questão das doenças mentais que acometem a pessoa idosa. “Estamos aqui na sede do Ministério Público, convidada pela Núcleo da Pessoa com Deficiência do MP-PI, para participar da audiência pública que irá tratar da pessoa idosa. De fato, este tema é muito atual e muito presente na vida das pessoas idosas, devido as próprias experiências de vida, as frustrações, problemas de luto e familiares e até heranças genética. É muito comum na pessoa idosa problemas de saúde mental, que se revelam através da depressão, da bipolaridade da ansiedade, demência e, especificamente, do mal de Alzeimer”, afirmou.
Na ocasião, Dra. Sara Melo também apresentou um monitoramento realizado pela Defensoria Pública do Estado, onde foi diagnosticado um alto índice de idosos com problemas mentais dentro dos abrigos em Teresina. “A Defensoria Pública está concluindo o Plano de Monitoramento Defensorial. Nessa atividade a gente pode constatar o índice de idosos institucionalizados em abrigos de longa permanência do Estado, especialmente na capital, onde se localizam a maioria dos abrigos. Verificamos um alto índice de idosos com problema mental. Chega a representar 40% do número total de idosos abrigados, uma realidade que só conseguimos identificar através da pesquisa. Aproveito para apresentar a pesquisa na sede do MP na audiência pública”, pontuou.