A Defensora Pública Sarah Vieira Miranda, do Núcleo Especializado de Defesa e Proteção ao Idoso e Defesa da Pessoa com Deficiência e Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDIPI), participou, nesta quinta-feira (15), de uma manhã de ações alusivas ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a pessoa idosa, promovida pela Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), na Praça Rio Branco, Centro de Teresina.
Além da Defensoria Pública e do CEDIPI, a iniciativa teve a parceria do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDI); do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Teresina (Conade-TE); Ministério Público do Piauí; Fundação Municipal de Saúde (FMS); e Fundação Wall Ferraz (FWF). O momento contou também com serviços dos CRAS e CREAS.
Para o Secretário Allan Cavalcante, da Semcaspi, a manhã de ações para conscientizar a violência contra a pessoa idosa é uma forma de informar a população sobre os tipos de violência e as formas de denunciar. “A população idosa também é um público da Semcaspi e atuamos tanto na prevenção de violação, quanto no enfrentamento dela. Momentos como este ajudam a fazer com que a informação chegue a quem mais precisa dela, a sociedade. A violência contra o idoso acontece em várias classes sociais e precisa ser denunciada. Atuamos com os CREAS, que recebem as denúncias de violência ou qualquer tipo de violação, e com as ILPIs, que acolhem idosos com direitos violados. Já na prevenção, disponibilizamos por meio dos CRAS, os serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos”, ressaltou.
A Defensora Pública Sarah Miranda reforça a necessidade de um olhar diferenciado para a pessoa idosa e fala sobre o papel da Defensoria nesse contexto. “A Defensoria Pública participou desse momento ressaltando a importância da educação em direitos, tanto para a pessoa idosa em si como também para todos os membros do núcleo familiar e da sociedade de forma a que todos promovam a eficácia desses direitos. Violência é toda e qualquer violação de direitos, inclusive o fato de não obedecer o direito de prioridade numa fila também é uma forma de violência. Destacamos ainda, neste dia 15 de junho, o combate muito forte à violência institucional, onde devemos tentar garantir que idosos institucionalizados tenham todos seus direitos preservados e protegidos. Também precisamos viver nesse dia um combate ao etarismo, que é a discriminação de qualquer forma por motivo da idade. Como Presidente do CEDIPI, lamentamos profundamente os dados que recebemos dos Disque 100, que uma vez que em abril quando assumimos o CEDIPI recebemos 44 denúncias, no mês de maio 84 denúncias e agora em junho já recebemos 5 denúncias de diversos tipos de violência envolvendo a pessoa idosa, que vão desde a parte psicológica, moral, física, patrimonial, como vários outros. É preciso destacar ainda a importância de comunicação às autoridades competentes de violências praticadas contra a pessoa idosa, pois muitas vezes esses números estão aquém da realidade, existindo casos de subnotificação ou não notificação, diante de um temor tanto da sociedade, como do próprio idoso, em relatar que vive situações de violência. Mas é preciso romper com a barreira do silêncio, pois só assim poderemos reverter esse quadro negativo”, afirma.