A Subdefensora Pública Geral do Estado do Piauí, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, a Diretora das Defensorias Regionais e Coordenadora do Projeto Vozes dos Quilombos, Karla Araújo de Andrade Leite; e o Ouvidor-Geral da DPE-PI, Djan Moreira, participam em Salvador, estado da Bahia, do Seminário “20 anos de Durban: Lutas e desafios por um sistema de justiça com igualdade racial”. O evento, que é uma promoção do Conselho Nacional de Ouvidorias de Defensorias Públicas do Brasil, está sendo realizado em formato híbrido pela Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública da Bahia, com o apoio da Defensoria Pública da Bahia, ESDEP/BA, ADEP-BA, ANADEP, Sindicato dos Bancários da Bahia e ESDEP/SP.
Durante o evento, a Defensoria Pública do Estado do Piauí será agraciada com o Selo Esperança Garcia durante solenidade que terá o Ouvidor-Geral da DPE/PI, Djan Moreira como mestre de cerimônias, ao lado da Ouvidora-Geral da DPE/PR Karollyne Nascimento. A entrega da homenagem será feita à Subdefensora Pública Geral, Carla Yáscar Belchior. Também serão homenagedos o Defensor Público Geral da Bahia, DPE/BA, Rafson Ximenes; o Desembargador e 2º Vice Presidente TJ/BA, Augusto Lima Bispo; a Presidente ANADEP, Rivana Barreto Ricarte; a Presidente do Condege, Estellamaris Postal; a Ouvidora-Geral da DPE/BA, Sirlene Assis e o Presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos (VoVô), dentre outros.
Nesta terça-feira (23), a Defensora Pública Karla Andrade, participa do painel inaugural “20 anos de Durban: lutas e desafios por um sistema de justiça com igualdade racial”,mediado pela coordenadora estadual do Fórum Permanente da Pessoa Idosa (FPDPI-BA), Girlene Santana. Já a Subdefensora Pública Geral, Carla Yáscar Belchior , participará do Painel Desafios e Perspectivas das Políticas Afirmativas no Sistema de Justiça, mediado pela Ouvidora-Adjunta da DPE/BA Zenilda Natividade.
Para o Ouvidor-Geral da DPE/PI, Djan Moreira o Seminário representa “um momento de reflexão e celebração. Rendo nossas homenagens ao Conselho Nacional de Ouvidorias de Defensorias Públicas do Brasil, de forma muito especial à minha irmã Sirlene Assis, parabenizando pela articulação e condução dos trabalhos. Agradeço ao nosso Defensor Público Geral do Piauí, Erisvaldo Marques, ao Defensor Público Geral do Estado da Bahia, Rafson Ximenes e ao Defensor Clériston Macedo, Diretor da Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia, pela oportunidade de participar deste evento. Agradeço também à nossa Subdefensora Carla Yáscar e nossa Diretora,Karla Andrade, que aceitaram o convite de vir a Bahia partilhar seus conhecimentos e receber no dia de amanhã, o Selo Esperança Garcia. Viva Zumbi dos Palmares! Viva Danda! Viva, Esperança Garcia e ao nosso povo preto!”
A Diretora das Defensorias Regionais, Karla Andrade, expressa a satisfação em participar do Seminário. A minha participação no evento vem no sentido se sensibilizar as instituições de quão distantes estamos de um Sistema de Justiça com igualdade racial, e de que é papel do Defensor e Defensora branca se comprometer com a luta para equilibrar estas patentes desigualdades, fruto de uma história colonial e racista. Mais do que isso, devemos estar atentos para não aceitar o silenciamento de nossos assistidos em nenhum lugar. É com a integração das falas que melhoraremos a prestação dos nossos serviços”, destaca.
A Subdefensora Pública Geral, Carla Yáscar Belchior, destaca a relevância do seminário. “ A Declaração e o Programa de Ação de Durban se constituem como o principal compromisso internacional para enfrentamento ao racismo, à discriminação racial, à xenofobia e intolerância correlata, daí a importância desse evento, que evidencia os 20 anos desse importantíssimo momento ocorrido na África do Sul e que ainda hoje contribui para avanços em termos de políticas públicas também no Brasil. Nesse contexto a Defensoria Pública, como Instituição voltada para a garantia de direitos, tem trabalhado políticas públicas voltadas para fortalecer o compromisso na luta contra o racismo e a discriminação racial. No Piauí o Projeto Vozes dos Quilombos tem se firmado como uma importante ferramenta dentro dessa realidade, levando ações afirmativas para dentro das comunidades tradicionais. Também receber neste evento o Selo Esperança Garcia é para nós motivo de honra e orgulho e nos incentiva a continuarmos nossa constante luta contra a discriminação racial. Estamos cientes que não basta ter um comportamento não racista, é preciso ser antirracista”, afirma.