Primeira reunião aconteceu na Sede Provisória da Defensoria
A Subdefensora Pública Geral do Estado do Piauí, Dra. Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, esteve reunida, na última quarta-feira (31), com as representantes de movimentos sociais Tatiane Seixas, da União Brasileira de Mulheres e Conceição Mendes, presidente da Associação de Moradores do Itararé, para discutir a implantação e desenvolvimento do Projeto Defensoras Populares. Participaram do encontro as Defensoras Públicas do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Dra. Lia Medeiros do Carmo Ivo , Dra. Verônica Acioly de Vasconcelos e o Ouvidor-Geral da DPE-PI, Nayro Victor Lemos Resende Leite.
Idealizado pela Subdefensora-Geral, o Projeto Defensoras Populares tem por objetivo capacitar lideranças comunitárias femininas e demais mulheres interessadas, em direitos humanos das mulheres, serviços e equipamentos públicos destinados ao atendimento das mulheres, sistema básico de Justiça, noções de direitos de grupos sociais vulneráveis e empreendedorismo.
Foram discutidas as estratégias para a implantação
Dra. Carla Yáscar Belchior explica que a implantação se dá por meio de contato presencial com as comunidades. “A partir desse contato será possível desenvolver o melhor meio de fornecer essa educação em direitos por meio da realização de palestras temáticas, as quais abordarão temas específicos de interesse das mulheres das comunidades. A partir dessa iniciativa a intenção é que as mulheres, por meio da educação em direitos, possam ser empoderadas, transformando-se em multiplicadoras e contribuindo para o exercício efetivo dos direitos humanos e combate à violência de gênero em suas comunidades”, explica a Subdefensora-Geral.
A Coordenadora do Núcleo da Mulher, Dra. Lia Medeiros ressaltou a importância desse primeiro contato com as lideranças. “Na verdade estamos na etapa de finalização da proposta do curso para Defensoras Populares e queríamos exatamente iniciar esse contato com as lideranças comunitárias dos bairros, que formam nosso público-alvo, para possamos apresentar o projeto, colher as opiniões e sugestões, no sentido de que seja o mais próximo do que necessitam, trazendo alguma utilidade, para que possamos realmente ter o êxito que esperamos. Foi um momento de troca, no sentido de já agendar uma reunião para mobilizar a comunidade e apresentar o projeto, para que tenhamos a adesão e alcance que esperamos”, explicou.
O Ouvidor-Geral da Defensoria chamou a atenção para a importância do projeto. “ Essa aproximação da Defensoria com a sociedade civil é muito importante. A Instituição sai desse encastelamento que existe no Sistema de Justiça e vai para a comunidade. A Defensoria sempre foi uma das primeiras a fazer isso, tanto por meio da Ouvidoria-Externa como agora, indo até a comunidade, fazendo essa educação”, disse Nayro Victor Lemos.
A representante da União Brasileira de Mulheres, Tatiane Santos, elogiou a iniciativa da Defensoria. “Recebemos esse convite para ajudar na elaboração da pauta, vendo os assuntos que realmente interessam às comunidades e qual a melhor forma de formar essas mulheres. O que a UBM espera é que a gente consiga, minimamente, consolidar esse canal de conversa da Defensoria com a comunidade a partir das mulheres, para que consigam ser não só usuárias dos serviços, mas também provocadoras das demandas que a Defensoria tem para outras mulheres da sociedade. Esperamos que tenham muito sucesso nessa empreitada inicial e que se torne, assim como em outros estados, uma ação recorrente da Defensoria, buscando esse diálogo próximo”, disse.
Conceição Mendes, presidente Associação de Moradores do Itararé também ficou satisfeita com a proposta. “A reunião foi muito proveitosa. A Defensoria está cumprindo seu papel de levar até as comunidades as demandas que oferece. O Projeto é muito interessante, muito bom e vamos fazer ele acontecer de forma ampla”, destacou.
Ao final da reunião ficou acertado um encontro com a ser realizado no dia 10 deste mês de agosto na Associação de Moradores do Itararé. As líderes comunitárias ficaram responsáveis pela mobilização das mulheres da comunidade.