Notícias

Defensoria Pública participa do Lançamento da Marcha contra a Misoginia e o Feminicídio

Tamanho da letra A+ A-
Publicado em 05, maio de 2023 às 13:51

WhatsApp Image 2023-05-05 at 12.46.38

A Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar da Defensoria Pública do Estado do Piauí, Defensora Pública Lia Medeiros do Carmo Ivo, participou na última quinta-feira (04) do lançamento da Marcha contra a Misoginia e Feminicídio, voltada para a Rede de Atendimento às Mulheres em situação de violência, Organismos de Políticas para as Mulheres e sociedade civil. A iniciativa, é da Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (Sempi), em parceria com o Ministério das Mulheres, tem por objetivo fortalecer o enfrentamento aos discursos de ódio que levam à violência e ao feminicídio.

Na ocasião, a Secretária das Mulheres do Estado do Piauí , Zenaide Lustosa, destacou que a participação de várias entidades foi um momento de discussão sobre o ódio à mulher que se reflete na maioria dos feminicídios. “Temos que avançar na sociedade para termos mais respeito às mulheres, para que tenham mais espaços na sociedade sem necessariamente estarem sofrendo violência institucional ou vários tipos de violência. A Marcha é uma proposta do Ministério das Mulheres que vai acontecer em todos os estados, com audiência pública e, no Piauí estamos nesse sentido, marchando em vários municípios junto às Câmaras Municipais de Teresina, Parnaíba e Picos.Também dialogando onde temos OPMs e construindo ferramentas que possam consolidar o enfrentamento da violência contra a mulher”, ressaltou.

WhatsApp Image 2023-05-05 at 12.46.36A iniciativa da Secretaria de Estado das Mulheres foi parabenizada pela Ministra das Mulheres, Cida Goçalves.“ Estamos nessa campanha contra a misoginia e quero parabenizar a Secretária da Mulher pelo lançamento da campanha no Piauí. Ela é muito importante e estratégica para o Ministério e temos como uma dos principais eixos de luta porque precisamos acabar com o feminicídio, com a violência sexual contra meninas e mulheres. Precisamos acabar também com a violência política de gênero, mas isso só é possível se nós enfrentarmos o ódio contra as mulheres. A misoginia é o ódio que discrimina, violenta, que humilha, que assedia. Também precisamos enfrentar o movimento “‘machosfera”, que está na internet, nas redes sociais, propagando o ódio contra as mulheres. Eles tem 35 milhões de seguidores, 80 canais de distribuição desse conteúdo e o pior, lucram e temos lutado contra isso”, disse a Ministra em mensagem.

A Defensoria Pública Lia Medeiros, destacou a importância da Campanha assim como o papel da Defensoria Pública nesse contexto. “O lançamento da marcha teve como objetivo demonstrar para a rede esse novo compromisso da Secretaria de Políticas para Mulheres do estado, no sentido de ampliar cada vez mais essas ações, principalmente as preventivas, de enfrentamento à violência contra a mulher, exatamente partindo desse pressuposto que o feminicídio quando ocorre já é ápice da violência, momento em que a gente não consegue mais salvar a mulher. Então é trabalhar desde o início com a informação e divulgação dos direitos das mulheres, do combate ao machismo e à misoginia, com a realização de audiências públicas, de momentos com os movimentos sociais, com a sociedade, comunidade, com o lançamento de políticas públicas transversais, que estejam dentro de todas as áreas, como saúde, educação, lazer, trabalho, no sentido de promover a igualdade entre os gêneros e, com isso, de forma efetiva e eficaz combater essa desigualdade que leva também a violência de gênero, que pode culminar com o feminicídio. No dia estadual de enfrentamento ao Feminicídio, dia 27, teremos a corrida “Ei Merman, Contra o Feminicídio” e vão ser desenvolvidas, ao longo do ano, uma série de ações nesse sentido. Essa marcha recebe esse nome porque é algo contínuo e amplo, que dá essa ideia de movimento, do combate permanente à violência contra as mulheres e, mais uma vez a Defensoria Pública se faz presente, reafirmando seu compromisso com esse enfrentamenro à desigualdade, à misoginia e ao machismo”, afirma.

*Com dados da Secretaria das Mulheres