Defensoria Pública participou do lançamento da Campanha Agosto Lilás

A Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE/PI) participou na manhã da terça-feira (01), do lançamento do Agosto Lilás, campanha de conscientização em relação ao enfrentamento à violência contra a mulher. A iniciativa é do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi). Na ocasião a DPE/PI foi representada pela Assistente Social do Núcleo da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Mauricema Holanda Nunes. A ação contou ainda com a formalização do programa Acolhe Piauí, ação do Estado em parceria com o Instituto Avon.

De acordo com a agenda divulgada pela Sempi, dentre as atividades planejadas para este mês está o projeto Ônibus Lilás, que deve ir a cerca de 20 municípios; bem como a capacitação para 50 profissionais de segurança pública do território da Serra da Capivara, que ocorrerá em São Raimundo Nonato; além de ações em municípios, como Luís Correia e Pedro II.

A Defensoria foi representada pela Assistente Social do Núcleo da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Mauricema Holanda Nunes.

Já o projeto Acolhe Piauí consiste em uma parceria da Secretaria das Mulheres e Instituto AVON, que tem como objetivo oferecer abrigamento provisório, por até quinze dias, às mulheres em situação de violência doméstica e familiar e a seus filhos. A formação tem como objetivo apresentar o funcionamento e repasse dos contatos para acionar o serviço, bem como, um treinamento do formulário de risco CNJ que será essencial para o encaminhamento da mulher vítima de violência ao abrigamento de urgência.

Durante o momento foi realizada a formalização do termo de cooperação entre a Sempi e o Instituto Avon, no âmbito do projeto Acolhe Piauí. A ação já ocorre desde a pandemia de Covid-19 e tem como objetivo oferecer abrigo, por até quinze dias, às mulheres em situação de risco de sofrerem violência doméstica e familiar e a seus filhos. Após a solenidade, foi realizada uma capacitação para os profissionais que atuam na rede de atendimento à violência contra a mulher.

O acesso a essa medida será por meio da central de acolhimento “Ei, mermã, Não se Cale” – 0800 000 1673 e toda a rede protetiva às mulheres, caso da Defensoria Pública, dos juizados, delegacias, centros de referências e dos centros especializados de Assistência Social (Creas), que podem encaminhar mulheres em situação de violência para a Sempi.

“Acredito que o Programa ACOLHE, com o serviço de abrigamento temporário e alternativo, venha a somar com os serviços que já temos no Estado do Piauí. É a iniciativa privada se posicionando em favor da mulher em situação de violência, se tornando aliada às políticas públicas já existentes em nosso Estado. Isso vem a facilitar o nosso trabalho em rede, visto que, a mulher acolhida no programa, contará com o acompanhamento de equipe multidisciplinar, a quem cuidará do suporte emocional e outros encaminhamentos com resolutividade”, destaca a assistente social Mauricema Holanda.

“Nossa meta é alcançar as mulheres do campo e as mulheres rurais, que são as que têm a mais dificuldade no acesso às políticas públicas e aos canais de atendimento. Então, são várias ações integradas com a rede de atendimento, com os órgãos estaduais e com os municípios para o enfrentamento à violência contra a mulher”, destacou a secretária Estadual das Mulheres, Zenaide Lustosa.

De acordo com a coordenadora de Projetos, Pesquisa e Impacto do Instituto Avon, Beatriz Accioly, mais de 5 mil diárias já foram doadas pelo programa. “Nossa parceria é trazer para o Piauí, a partir de um acordo de cooperação técnica, um programa que já executamos nacionalmente. Na prática, é mais uma alternativa de abrigamento às mulheres em situação de violência, que não compete com as que já existem, ou seja, é mais uma opção para que as mulheres sejam acolhidas em uma rede de hotéis, para que sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar e sejam tratadas com todo o carinho e dignidade que uma cidadã brasileira merece ao procurar ajuda para sair de uma relação violenta”, explicou Beatriz.