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Defensoria realiza ações do Projeto Elas por Elas na Penitenciária Feminina e Centro Educacional Feminino

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Publicado em 21, outubro de 2024 às 13:59

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O projeto Elas por Elas, da Defensoria Pública do Estado do Piauí, foi realizado no último domingo (20) e nesta segunda-feira (21), respectivamente na Penitenciária Feminina Gardênia Gomes Lima Amorim e no Centro Educacional feminino, em Teresina. O projeto é coordenado pela Defensora Pública Irani Albuquerque Brito, coordenadora do Sistema Prisional da Defensoria e tem por objetivo propiciar às mulheres privadas de liberdade o resgate da autoestima e a valorização pessoal, ajudando-as no processo de reinserção social.

O projeto é desenvolvido a partir de parceria com grupos de profissionais empreendedoras de diversos segmentos da beleza e bem-estar, e leva serviços de manicure, pedicure, cuidados com cabelo, depilação, estética facial, massoterapia, entre outros, para as mulheres em situação de cárcere.

ba57666c-ec0b-4f0e-a6ac-c4f22e2de562No domingo a ação contou com a participação da Defensora Pública Geral do Piauí, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, das Defensoras Públicas Irani Albuquerque Brito, Ana Clara Ribeiro de Sousa Castro, Amábile da Costa Araújo e Amanda Freitas dos Santos, assim como dos Defensores Públicos Lucas Gomes Veras e Paulo Victor Menezes. Nesta segunda-feira, além da coordenadora do Projeto, Defensora Pública Irani Brito, esteve presente no CEF a Subfensora Pública Geral do Piauí, Verônica Acioly de Vasconcelos e o Defensor Público Afonso Lima da Cruz Júnior.

39614974-6925-4626-8eea-b22d75859546A coordenadora do Centro Educacional Feminino,Roselândia Freitas, destacou a importância da ação. “Esse projeto, com o objetivo trazer essa questão de realçar a beleza feminina, os cuidados que temos com o nosso corpo, faz com que a gente se sinta melhor, aumenta a autoestima, principalmente para as adolescentes, que sabemos que têm essa dificuldade dentro da Unidade, as que estão em regime de internação, apesar da Unidade ter também o dia de beleza. Mas um projeto como esse vem para abrilhantar toda essa questão da autoestima, e também socializar umas com as outras, somado a esse atendimento da Defensoria, que sabemos ser muito importante. Juntar todos esses serviços em um dia só é maravilhoso. As meninas estão super felizes e a equipe da Unidade também, esperamos que esse projeto venha a crescer cada vez mais, para que possamos trazer as mães e famílias para participarem também. O projeto está de parabéns e estamos adorando”, afirmou.

A coordenadora do projeto Elas por Elas, Irani Brito, discorreu sobre as duas ações. “Acabamos de fazer, nesta segunda-feira, o atendimento do projeto Elas por Elas no Centro Educacional Feminino, local que abriga as adolescentes em conflito com a lei. Atendemos quatro meninas e a ação foi muito importante, porque levou orientação jurídica, esclareceu como estão os processos, e levou também os cuidados pessoais. Vimos no semblante das meninas que foram atendidas a alegria de estarem sendo cuidadas. o que queremos levar com esse projeto é exatamente isso, cuidar de outras mulheres que nesse momento não estão podendo cuidar de si mesmas. Temos também mais uma etapa do Elas por Elas, ainda este ano este ano, em novembro, também na Penitenciária Feminina onde estivemos no último domingo, e que desde o início foi nosso local de atuação por conta do número de internas recolhidas e onde essas internas têm necessidade desse cuidado pessoal, cujos resultados se refletem tanto na saúde física, como na saúde mental”, ressaltou.

A Defensora Pública Geral do Piauí, Carla Yáscar Belchior, também falou sobre os benefícios do projeto. ”Sabemos que a situação de cárcere desumaniza sobretudo as mulheres, que muitas vezes passam por situações muito delicadas, inclusive de abandono de familiares. O Elas por Elas vem trazer esse tratamento humanizado. Por meio do projeto as mulheres em situação de cárcere, as meninas que cumprem medidas socioeducativas, recebem portanto não só a atenção para suas questões jurídicas, mas também pessoais, desmistificando essa questão de que a mulher no cárcere tem que perder todas as atividades relacionadas ao trato pessoal. O projeto Elas por Elas significa uma nova vertente na atuação voltada para a busca pela ressocialização das mulheres que estão privadas de liberdade”, afirmou.