Os presidiários da Penitenciária Major César Oliveira, juntamente com seus familiares, participaram no último sábado (06) de um dia de atividades voltado para as comemorações pelo Dia das Mães.
A ação foi desenvolvida com o apoio da Gerência da Unidade Prisional, a participação de alunos do Curso de Direito da Faculdade CET, de voluntários do Curso de Enfermagem da Educompany , de Clínica Help Estética, dos voluntários do Grupo TSO , que é um Ministério de Animação da Igreja Católica e das Defensoras Públicas, Dra. Irani Albuquerque Brito, Titular da 2ª Defensoria Pública de Execução Penal; Dra. Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti, Titular da 2ª Defensoria Pública do Idoso. Também participou o Defensor Público Dr. Roosevelt Furtado de Vasconcelos Filho, Titular da 1ª Defensoria Pública Regional de Oeiras. Participaram ainda as assessoras da Coordenação de Execução Penal da DPE-PI, Daiane Brito Lopes e Mariana dos Santos Ferreira.
O evento iniciou às 8h e se estendeu até às 12h, com a participação dos detentos e suas famílias, entre mães, esposas e filhos, e o apoio logístico da Gerência da Penitenciária Major César. O objetivo foi promover o fortalecimento dos vínculos familiares entre os detentos, além de valorizá-los como pessoas.
“Na realidade são muitos objetivos dessa ação na Penitenciária, sendo o principal fazer algo mais que o atendimento normalmente prestado. A Defensoria, juntamente com vários voluntários, está atendendo não só a parte jurídica, mas em outras áreas, ofertando serviços de recreação, saúde e estética, para que se sintam mais valorizados, especialmente em um dia como hoje, voltado para comemorar o Dia das Mães, buscando fortalecer os laços familiares que ficam abalados com o encarceramento”, explicou Dra. Irani Brito.
Lizanca Fontenele, integrante do grupo TSO, formado por voluntários da Igreja Católica, que desenvolveu ações lúdicas na Major César, diz que a importância é levar o amor como mensagem. “Acreditamos que aqui é um local que precisa realmente de um amor transbordando e nossa missão é essa, trazer esperança. Porque é disso que eles precisam para suportar esse momento de dificuldades que vivem. Que eles possam olhar para o futuro e ter esperança”, afirmou.
A aluna da Faculdade CET, Janiane, falou sobre o projeto de levar uma brinquedoteca par a dentro da Penitenciária. “Nosso objetivo principal é que quando a criança, filha do detento, chegue ao presídio tenha um ambiente acolhedor. O encarceramento gera um trauma e a intenção é ter esse ambiente para trabalhar também futuramente com as famílias. Temos o interesse de desenvolver essa ação em todas as penitenciárias do Estado”, disse.
“Queremos proporcionar melhor qualidade de vida para eles através dos atendimentos básicos de Saúde que são, checagem dos sinais vitais, como a aferição da pressão, além de alguma espécie de atendimento como essa feita na área de estética. É uma iniciativa excelente da Defensoria Pública, que deveria ser expandida para as demais penitenciárias ”,afirmou a enfermeira Patrícia Albuquerque, representante da Faculdade CET.
O Coordenador do curso de Enfermagem da Educompany, Clayton Richard, destacou a relevância de integrar a ação. “ Nosso grande objetivo é aperfeiçoar nossos alunos inserindo-os no campo profissional com a prática das ações e tentar ajudar essa parcela da população, contribuindo com o serviço penitenciário e com as pessoas que aqui estão reclusas. Foi um trabalho enriquecedor para nós, tanto como profissionais, como para os residentes na Penitenciária, que a partir desse atendimento se vêem como pessoas importantes”, afirmou.
“Trata-se de uma ação de extrema importância para aproximar a Defensoria Pública, assim como a Secretaria de Justiça, cada vez mais dos internos. Como a Major César é uma Unidade semi-aberta, a ação se torna ainda mais relevante para os detentos e seus familiares, quebrando os paradigmas do encarceramento”, afirmou Marcelo Rodrigues, Gerente da Penitenciária Major César.
“É muito importante essa aproximação com os familiares, trazer atividades lúdicas, celebração religiosa, todas voltadas para que se sintam acolhidos. Vim conhecer o projeto para ver se podemos implementar também na Penitenciária de Oeiras. Temos esse interesse, porque ele traz a comunidade para dentro da colônia penal. É a Defensoria fazendo a sua parte dentro do contexto”, disse o Defensor Público Dr. Roosevelt Furtado de Vasconcelos Filho.
“Na verdade entendo que esse é o atendimento humanizado que efetivamente a Defensoria se propôs, proporcionado não só ações jurídicas, mas o lazer, a fraternidade, a religião. Importante que todos os Defensores Públicos possam aderir a essas ações, para que conheçam as diferentes realidades com as quais nossa Instituição trabalha”, afirmou a Defensora Pública Dra. Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti.
O detento M. H. resumiu a impressão que a atividade deixou “Foi tudo de bom para todos que estamos internados aqui. Isso aqui é mais do que uma visita, especialmente porque trouxe a palavra de Deus junto. Estamos muito satisfeitos com essa ação da Defensoria Pública”, disse.