As Defensoras Públicas do Núcleo Especializado da Infância e da Juventude da Defensoria Pública do Estado do Piauí, Dra. Karla Cibele Teles de Mesquita Andrade e Dra. Daniela Neves Bona realizaram uma roda de diálogo com as adolescentes grávidas atendidas pela Casa Maria Menina, entidade filantrópica que funciona no bairro Dirceu Arcoverde, sendo mantida pela congregação das Irmãs de Santa Catarina de Sena.
A atividade envolveu 17 adolescentes grávidas que foram encaminhadas para a Casa por meio dos Conselhos Tutelares, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS). O local atende ainda 19 outras adolescentes que se encontram em período pós-parto.
“Estamos desenvolvendo nesse mês de maio várias atividades relacionadas ao Dia das Mães, então resolvemos convidar a Defensoria Pública para estar conosco nesse momento. As Defensoras estão repassando para as adolescentes informações sobre os direitos e deveres que passam a ter a partir dessa nova etapa da vida, quando exercem o papel de mães, assim como os serviços e atendimentos que podem contar junto a Defensoria. Para nós é muito gratificante poder ter esse tipo de apoio e ver a efetividade do nosso trabalho a partir do crescimento dessas meninas, todas em situação de vulnerabilidade social, diz a psicóloga da Casa Maria Menina, Lya Rakuel de Brito Passos Oliveira. Ela explica que o trabalho com as adolescentes grávidas acontece sempre das 8h às 16h.
“A ação foi muito positiva na medida em que pudemos ouvir as dúvidas e anseios dessas adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade social, e ao mesmo tempo, esclarecemos o papel da Defensoria Pública como um suporte a mais para solucionar seus problemas, destacando sobretudo as questoes jurídicas envolvidas na situação de vida de cada uma delas”, diz a defensora Pública Dra. Daniela Neves Bona.
Com mais de 16 anos de fundação, a Casa Maria Menina auxilia adolescentes de 12 a 17 anos durante o processo de gravidez, até seis meses após o parto. São meninas que convivem em meio a um cenário de risco e preconceito, onde os laços familiares e comunitários se encontram fragilizados. O projeto procura intervir na realidade dessas adolescentes, promovendo ações que possibilitam uma gestação saudável e a redefinição dos vínculos familiares e sociais. A Casa tem como prática uma intervenção qualificada junto às adolescentes e seus grupos familiares, compreendendo ações e atenções que favoreçam a promoção de direitos e o fortalecimento da função protetiva da família.