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Minicurso de Formação em Direitos Quilombolas é dividido em duas turmas devido a grande procura

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Publicado em 20, outubro de 2020 às 15:51

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A significativa procura pelo Minicurso de Formação em Direitos Quilombolas, ofertado por meio do Projeto Vozes dos Quilombos da Defensoria Pública do Estado do Piauí levou a organização a dividir os participantes em duas turmas tendo por objetivo um melhor aproveitamento.  Estão inscritos no Minicurso 400 pessoas do Piauí e de vários estados brasileiros.

O Minicurso, que será desenvolvido em formato virtual por meio da Plataforma Zoom devido aos riscos de contágio da Covid-19,  será ofertado em três Módulos, sendo ministrado pelos Defensores Públicos Gilmar Bittencourt, da Bahia; Denize Sousa Leite, do Tocantins e , Johny Giffoni, do Pará, que abordarão respectivamente os temas “Direito à Terra Quilombola”, “Racismo Estrutural” e “Protocolos de Consulta e Consentimento Livre, Prévio e Informado”.

Com a divisão a primeira turma, denominada Turma A, terá os módulos ministrados nos dias 23 de outubro, 27 de novembro e 11 de dezembro. A Turma B por sua vez terá os módulos nos dias 29 de outubro, 27 de novembro e 4 de dezembro. As aulas ocorrerão por meio da Plataforma Zoom e todos os participantes serão certificados pela Escola Superior da Defensoria Pública (Esdepi).

A Defensora Pública Karla Araújo de Andrade Leite, que Coordenadora o projeto Vozes dos Quilombos e teve a iniciativa de ofertar o minicurso, fala sobre o alcance da proposta. “ O Minicurso de Formação em Direito Quilombola é uma ação do Projeto Vozes dos Quilombos que nesse contexto de isolamento social buscou dar continuidade nas ações desenvolvidas. Para nossa grande surpresa o Minicurso atraiu interesse não só de quilombolas do Piauí, mas do Brasil inteiro, atraindo também profissionais de todo o país que, de alguma maneira, necessitam de informações  nessa área. Isso sinaliza algo muito positivo, porque a busca dos sujeitos desses direitos de se apropriarem desse conteúdo, mas também a busca daqueles profissionais que necessitam compreender a formação social de um quilombo, as leis que protegem e resguardam os direitos quilombolas. Será uma oportunidade incrível de troca de saberes, porque muito mais que falar sobre legislação, falar sobre esses princípios de proteção desses direitos, precisamos nos abrir para absorver os saberes quem vêm do Quilombo. Agradeço ao Defensor Público geral e à Esdepi por abraçarem e incentivarem essa iniciativa”, afirma a Defensora Pública, destacando que é necessário aprender sobre a sabedoria do Quilombo.