A Subdefensora Pública Geral do Estado do Piauí, Verônica Acioly de Vasconcelos, participou na última segunda-feira, dia 01 de maio, do I Seminário Esperança Garcia, realizado pelo Instituto Esperança Garcia em conjunto com os Coletivos Antonia Flor e Ifaradá, no no auditório da Associação dos Docentes da Universidade do Piauí (Adufpi).
O evento teve o propósito de rediscutir as conquistas e apontar um conjunto de agendas de lutas para os próximos anos em torno de temática da estruturação das desigualdades de raça, gênero e de classe, presentes no universo mais amplo da sociedade brasileira, assim como o desconhecimento do protagonismo negro na luta contra a escravidão e suas formas congêneres de opressões instituídas ao longo do pós-emancipação.
A abertura do Seminário contou com uma homenagem à professora Maria Sueli Rodrigues de Sousa. Em seguida foi realizado debate do tema “O que vem depois do Dossiê Esperança Garcia e o que cobrar das instituições? “, considerando as experiências de advogadas/advogadas e historiadoras/historiadores que participaram do projeto, bem como das partes interessadas, como representantes do movimento negro e lideranças quilombolas.
O segundo tema tratado foi “Disputas e Reparações”, durante o qual foi destacada a necessidade de se ouvir as demandas dos ativistas e lideranças negras, visando que a busca por uma Justiça Social pode ser construída, tanto com ações concretas de ocupação das ruas, fortalecimento dos movimentos sociais e/ou de ações conscientes de disputas das demandas em espaços hegemonicamente dominados por agentes que emperram a presença de mulheres, população negra e população LGBTQI +, em cargos e espaços de direção. A Plenária de Encerramento contou com a leitura do Relatório do evento.
Sobre o Seminário, a Subdefensora Pública Geral, Verônica Acioly, diz que “o Instituto Esperança Garcia é uma referência quando se fala em ações e em pesquisas sobre o resgate da memória em relação ao desrespeito e ao enfrentamento aos violadores de direitos humanos, numa perspectiva interseccional e deocolonial. Fundamental preservar e difundir o legado deixado por Esperando Garcia sem permitir distorções ou apropriações indevidas, justamente por detentores de privilégios. Precisamos conhecer para resistir”, afirma.